terça-feira, 14 de junho de 2011

VISITAS QUE MUDARAM NOSSAS PERSPECTIVAS

No dia 08 de abril de 2011, nós, alunos do ensino técnico em informática integrado ao Ensino Médio, viajamos para a cidade de São José dos Campos e visitamos o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pela manhã e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) no período da tarde.

Chegando ao primeiro local, fomos recepcionados por um engenheiro formado na própria instituição, que nos deu uma pequena introdução sobre o local e as suas atividades. Ele nos informou os cursos de graduação ministrados lá – Engenharias Aeronáutica, Eletrônica, Mecânica-Aeronáutica, Civil-Aeronáutica, de Computação e Aeroespacial – e nos alertou a respeito da prova de vestibular. Convencionou-se que o nível de dificuldade da mesma era elevadíssimo, mas ele nos provou, comparando o teste realizado por eles com o de outras universidades, que se tornar um estudante do ITA não é algo impossível e chegou até a despertar o interesse de alguns de nós. Ainda ressaltou que a matéria que mais tira pontos dos candidatos é o Português e que, portanto, esse é um bom caminho para ganhar vantagem na hora do teste.

Ainda no período da manhã, visitamos alguns laboratórios e conhecemos um pouco mais da grande estrutura do instituto. No primeiro deles encontramos uma aula prática em andamento e nos falaram sobre a importância dos equipamentos de altíssima qualidade disponíveis, tanto as máquinas, que constroem peças, como os computadores, equipados de softwares que permitem aos engenheiros simular os diversos processos, otimizando a fabricação e evitando excessivo desperdício de matéria prima. No segundo laboratório conhecemos um pouco mais sobre a estrutura e a história dos aviões e pudemos observar parte do processo de teste dos projetos encomendados pela indústria.

Após a saída deste laboratório, fomos até um pátio, onde vimos de perto algumas aeronaves. Em seguida demos uma pequena volta por dentro do campus, vendo as diversas residências e demais instalações tanto de civis como de militares, terminando, assim, a primeira parte da viagem.

Já no INPE, iniciamos a nossa experiência tendo uma pequena palestra e assistindo à um vídeo que nos deixou cientes das funções, objetivos e importância do instituto tanto para a ciência como para o setor industrial do nosso país. Mais à frente tivemos uma longa palestra com uma profissional responsável pelas visitas ao local, que nos deu diversos detalhes sobre o funcionamento do complexo.

Dentre as experiências relatadas, ela contou sobre a função dos quatro tipos de equipamentos de testes que eles dispõem, atentou às parcerias estabelecidas pelo governo brasileiro na questão espacial com países como Argentina, China e mais recentemente EUA. Apesar do país não disponibilizar muita tecnologia nessa área, possui muitos profissionais qualificados e o INPE como maior instituto espacial de todo o hemisfério sul.

O que nos chamou muita atenção, além da maneira como os testes são realizados lá, foram os produtos que são testados, segundo normas do IMETRO e demais órgãos de adequação das mercadorias brasileiras. Desde aparelhos pequenos, como celulares, até caminhões tem necessariamente que ser testados antes de serem lançados para o consumo e o INPE é o melhor local para realizar essas provas em todo o território nacional, ou seja, a grande maioria dos produtos que são lançados no país, passa antes por esses testes em São José dos Campos.

Terminando essa palestra, estava chegando ao fim o nosso dia de viagem e nós alunos do Instituto Federal saímos com a sensação de que esse tipo de experiência é importantíssimo para o nosso enriquecimento intelectual. Mais do que aprender no papel, pudemos ver realmente como as coisas funcionam e assim, pudemos associar conteúdos da sala de aula e entender melhor tudo que nos cerca, além, é claro, de poder ficar em contato com nossos amigos durante mais tempo, fora do ambiente escolar, conhecendo-os um pouco melhor.

Breno França, Clayton Lima e Thais Neubauer.

sábado, 11 de junho de 2011

Um dia de gênios.

A frase “Nossos jovens são o futuro do nosso país!” é muito conhecida e comumente usada para diversos fins. No Brasil, entre as 185.712.713 pessoas, cerca de mais de 20% são jovens e, no último dia 8 de abril de 2011, 40 desses jovens passaram por uma experiência da qual nenhum deles se esquecerá pelo resto de suas vidas.

Quando se fala de educação pública em nosso país, na grande maioria das vezes ela é sinônimo de descaso e trabalho mal feito, porém podemos ver algumas exceções à regra, como, por exemplo, o CTA ( Centro de Tecnologia da Aeronáutica), que é composto por diversos institutos e centros educacionais, localizado em São José dos Campos-SP. Nesse oito de abril, visitamos dois renomados institutos no CTA, o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Na parte da manhã, fomos ao ITA e lá ficamos maravilhados com a infraestrutura do instituto, tanto no âmbito educacional quanto em relação à qualidade de vida. Com essa visita, pudemos ter noção quantitativa de que realmente grandes institutos de educação pública tornam-se cidades, visto que o ITA conta com mercado, bancos, correio, uma escola municipal de ensino infantil e uma estadual de ensino fundamental para os filhos dos funcionários, além das moradias para todos os alunos e funcionários e também áreas de lazer com piscina, churrasqueiras, quadras poliesportivas e um grande lago no coração do instituto. Essa é a visão do ponto de vista emocional. Já do ponto de vista racional, o ITA conta com uma tecnologia de alto nível, laboratórios bem equipados e um excelente corpo docente. Também tivemos contato com o galpão de estudos de aviões, aonde vimos de perto uma turbina e partes de vários modelos aéreos. Lá se oferece o que há de melhor em termos de engenharias com os cursos de Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica-Aeronáutica, Engenharia Civil-Aeronáutica, Engenharia de Computação e Engenharia Aeroespacial.

Após o almoço, fomos para o outro lado do CTA, no INPE. Esse instituto é responsável por diversas pesquisas aeroespaciais e ambientais no campo nacional. Pudemos perceber que, com o INPE, o Brasil tem grandes representantes orbitando nosso planeta, e esse instituto também acaba sendo uma ponte entre o Brasil e outros países como a Argentina e a China, já que lançamos satélites com projetos em conjunto. Nós tivemos acesso à área restrita do INPE onde são elaborados nossos satélites e descobrimos que esse instituto tem mais utilidades no nosso dia a dia do que imaginávamos. Por exemplo, os celulares e carros que vemos no mercado, antes de serem lançados, vão a testes em relação a ondas eletromagnéticas, assim como outros aparelhos eletrodomésticos, para ver o grau de influência das ondas nos aparelhos, ou seja, se os componentes eletrônicos de um carro não entram em colapso uns com os outros.

Um dia de gênios, assim podemos dizer em relação ao dia que saímos de Cubatão com uma coisa em mente e voltamos com uma experiência muito mais rica e saborosa em questão de conhecimento e aprendizagem. Muitos alunos ficaram impressionados, outros, no momento em que tocavam naquele avião, tiveram a certeza, de que carreiras seguiriam em suas vidas. Outros, ainda, tomaram gosto pela engenharia e podíamos, ver no momento da apresentação da Engenharia da Computação, por exemplo, seus olhos brilharem como os de uma criança quando ganha um presente. Nesse caso, era o brilho nos olhos de um jovem que descobre que seu sonho está mais próximo do que ele imaginava!


Viagem à São José dos Campos

Durante nossa visita ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi possível perceber os contrastes entre o nosso centro educacional e aquela instituição de nível superior. Situado no Vale do Paraíba, o instituto possui uma localização aprazível e instalações modernas. O clima, típico de uma cidade interiorana, é bem agradável. Dentro do ITA, foi mostrado o funcionamento de diversos equipamentos, dentre os quais destacamos: a turbina de um avião, o “cockpit” (cabine) de um piloto, a simulação computadorizada de eventos (simulação virtual de equipamentos antes de sua produção), entre outros processos de menor escala (mas de mesma importância) como a produção de alguns componentes de um avião.

Também passamos rapidamente na frente da Embraer, empresa brasileira que é a terceira maior produtora de aviões do mundo (atrás apenas da Airbus e da Boeing) e é modelo de eficiência e produtividade, além de ser um orgulho nacional. Próximo a Embraer fica o aeroporto de São José dos Campos (também passamos na frente dele rapidamente) e o Memorial Aeroespacial, local que conta com aviões, foguetes e VLCs (Veículos Lançadores de Satélites) expostos. Há também um monumento em homenagem aos pesquisadores mortos no acidente na base espacial de Alcântara, no Maranhão, onde houve a explosão de um foguete que ia ser lançado. A maioria dos pesquisadores era do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), do qual o ITA faz parte. Nesse memorial foram tiradas várias fotos. Por fim, nos foi contado que o motor a álcool foi desenvolvido no CTA na década de 1970 pelo programa Pró Álcool, instituído pelo governo da época para reduzir a dependência de petróleo do exterior, que estava em falta no mercado devido à crise mundial de petróleo daquela época.

Já em nossa visita ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, vimos como o Brasil tem avançado, ainda que em passos de galinha, no campo aeroespacial. Vimos um pouco sobre alguns satélites brasileiros, dentre os quais ressaltamos o CBERS — Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres — uma parceria entre o governo brasileiro e chinês que tem dado muito certo: ao todo dois satélites já foram construídos (CBERS-1 e CBERS-2) e um terceiro está em fase de construção (CBERS-3).

Enfim, gostamos muita da viagem a São José dos Campos, não só pelo tempo passado com os amigos fora da escola, mas também pela bagagem adquirida. Agora, conhecemos mais uma faculdade que poderemos prestar o vestibular no ano que vem. Certamente é uma experiência que deve ser repetida nos próximos anos.

MULHER

SER, TÃO MAGISTRALMENTE CRIADO,
QUE POR ÚLTIMO FOI ELABORADO.
QUANDO O SENHOR DEUS NOS DEU,
AO HOMEM LHE OFERECEU,
ALGUNS TÃO ADMIRÁVEL,
A ELAS DESEJAM ASSEMELHAR-SE.
OUTRAS, SEMELHANTES,
A CONQUISTAR-SE.

Marciel S. Santos